O futebol é um esporte de contato, mas poucos foram aqueles que atingiram os torcedores da maneira que um fenomenal jogador conseguiu hoje.
Há muito ocorreu essa empatia, onde suas dores se tornaram as nossas e as relações de amor e ódio se inverteram, se intensificaram, se abrandaram... e tudo ao mesmo tempo.
Quantos não passavam os jogos ligados em cada falta que sofria para ver se não atingia suas lesões? E quantos mais não respiravam mais aliviados quando ele ressurgia, levantava-se em campo e como titã pisava magistralmente no gramado.
Atlas, com costas grandes para apanhar, sustentou o peso do mundo até que o corpo gritou... e o mundo calou.
As criticas se tornaram pequenas diante da dignidade que o gigante se apresentou no palco. E o mundo tornou-se um para ouvir tristemente que esse moleque abandonaria a terra do nunca para se aventurar por novas terras... e que nossos verdes campos não verias mais suas chuteiras brincando como antes.
Nem o mais premiado diretor poderia escrever um final tão emocionante, com revelações, lagrimas e sorrisos. Os flashes eram a altura de qualquer evento internacional... e as palavras que já esperávamos vieram entre longas pausas, o silêncio que fala mais que qualquer palavra.
Sua dor foi nossa dor, seu choro foi composto por nossas lágrimas e nossa atenção foi concentrada num único microfone, fatídico instrumento.
Ronaldo Fenomeno se aposenta.
Ronaldo Fofomeno tem problema de tiróide
A noticia que balançou nosso dia 15 de fevereiro de 2011 foi resumida nessas duas frases.
Que toda crítica se torne passado, distante e desbotado e que esse dia seja gravado na história do futebol como dia em que a bola rolou saudosa pelos tempos de outrora.
Um herói se aposenta na republica popular do Corinthians – que ele seja tratado como tal.
Como torcedora, brasileira e corintiana, agradeço a oportunidade de velo jogar, de torcer por ti dentro do meu time.
Tomara que os bons ventos tragam muitas felicidades e que Deus possa abençoar essa nova fase de quem tanto nos alegrou com suas façanhas.
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