quinta-feira, 29 de abril de 2010

Acaso

Daniela
sentava todos os dias em frente à TV e se envolvia com a vida de alguém que nem
existe... Sempre teve dificuldades com relações de verdade e achava mais fácil
se contentar com aquelas do que viver as próprias, afinal ninguém de verdade
poderia se machucar.

Marcelo nunca
ligou muito para o que acontecia no mundo, nem mesmo sabia em que horário o
jornal passava. Mas sabia que um dia queria alcançar o mundo, independente do
estado em que este estivesse.

Um dia eles
se encontraram em uma fila de supermercado, nada aconteceu.

Daniela, sem
querer ganhou o mundo, viajou, estudou, casou e nunca mais precisou se refugiar
na vida alheia.

Marcelo
também evoluiu, casou, arrumou um emprego e se estabeleceu na mesma cidade em
que nasceu.

Pra que
apegar a planos? O futuro a Deus pertence... quem sabe o desapego te fará mais
feliz.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Fim

mais um mini conto... acho que sou meiu trite escrevendo XD... mas fiquem felizes... s enão eu vou me sentir culpada

_É complicado
– Foi o que ela disse antes de ajeitar o cabelo atrás da orelha, esse sempre foi
um sinal de nervosismo.

_Me explica então – ele realmente não conseguia entender como ontem estavam bem e hoje tendo essa conversa.

_Não tem o que explicar... só não dá mais... a partir daqui a gente só vai se
machucar...

_Como se isso não machucasse...

_Para com isso, vai ser melhor – seus olhos permaneciam baixos, olhando para o seu
all-star listrado, sem alterar a voz que permanecia serena contradizendo a
situção.

_A gente pode recomeçar, esquecer o passado, fazer tudo de novo...

_O passado precisa de tempo para ser esquecido, superado... Pra recomeçar precisamos
terminar... antes que as feridas possam gerar cicatrizes feias demais para se
ignorar...

Jogando a mochila nas costas ela se aproximou, beijou-lhe a face e afastou os cabelos que
cobriam a face do rapaz dizendo:

_Gosto muito de você.

Virando as costas, abriu a porta e saiu, deixando sua ausência como lembrança... uma doce lembrança.

Talvez tenha sido melhor assim – pensou o cara que nunca se entregou a tristeza – bola pra frente, né?

Ele sentou no sofá, pegou o telefone e pediu uma pizza, afinal era noite de
sexta.


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Change

Que tal um mini-conto para animar o dia? Surgiu esse e estou postando... tomara que gostem.... quem sabe depois eu não ilustro o ilustre (infame isso, não?).

Escovou os dentes sonolentos em plena tarde de verão.
Parecia anestesiada, mas não acabara de acordar. Os acontecimentos recentes a
deixaram assim.

Mecanicamente arrumara as malas que, como de costume,
foram deixadas para a ultima hora.

Tudo estava anunciado há muito tempo, mas ela ainda
esperava um milagre que mudasse o rumo de seu destino e não alterasse sua
vida.

Tarde demais, já estava dentro do ônibus que a levaria
para um novo lar, um novo recomeço.

Estranhamente sentia as portas de seu passado
fechando-se atrás de suas costas e as do futuro muito distantes... Sentia-se
flutuando no vazio... Aquele mesmo vazio que dá origem aos silêncios
constrangedores... Aquele vazio que nos impulsiona a fazer algo (ou não fazer e
se arrepender depois).

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Adeus Campinas

Creio que não sou muito boa com mudanças, nem com despedidas... Isso explica porque deixo tudo p ultima hora, pois correndo não tenho muito tempo para pensar no que está acontecendo.

Deixo Campinas com vontade de ficar, criei um lar lá em quatro anos.

Quantos lares eu ainda criarei?

Para aqueles que ficam meu até logo... não me despeço melhor porque, como já disse, não sou boa nisso.



terça-feira, 13 de abril de 2010

A maldição de Andy Warhol

Inacreditável como as coisas acontecem... Lembram da loira da Unibam? Aquela do vestido curto, muita confusão e uma câmera de celular p registrar tudo?... Então meus amigos, ela desfilou no carnaval, se repaginou e ta lançando uma linha de vestidos (conveniente nom?)

Acho que é hora de pararmos um pouco e analisar nossos ídolos da modernidade, como colocamos alguém na mídia por usar uma roupa curta d+? Sou eu ou o mundo pirou?

Nossos valores estão muito esquecidos e os poucos segundo de fama (que Andy Warhol previu para cada pessoa comum) nos tornam vazios e competitivos ao extremo. Vale a pena degradar tanto a imagem do ser humano desde que essa imagem seja pública?

Segurem suas crianças, pois isso esta se disseminando pelas ruas e esquinas. Tomara que uma contra revolução revitalize nossas mentes pensantes e germinem algo de bom nas nossas “sementes do futuro”.