segunda-feira, 14 de junho de 2010

O muro

O muro era alto e misterioso... escondia algo.

A criança curiosa subia na ponta dos pés, pulava, tentava uma escalada... nada... só o
verde do musgo que cobri o reboco de cimento.

O giz de lousa registrava o que a imaginação descrevia como real no ambiente de trás do
muro.

Engraçado é que cada dia havia algo diferente lá. Uma vez foi uma país feito de doces, outra vez um caminho sombrio e assustador. Lembro-me do dia que foi um zoológico onde
os animais andavam soltos... dava para ouvir os rugidos das feras.

Mas um dia o giz acabou e o tempo tratou de apagar as fantasiosas lembranças de um muro que não é tão mais alto, e que esconde apenas um terreno vazio. Creio que antes era
mais bonito, pois era repleto da inocência, terreno fértil para
sonhos.


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